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“O menino que acordava as estrelas” – eis o título de um livro que representa uma nova experiência para o psicólogo Dr. Paulo José Costa, a cujo imaginário se acrescentaram, com feliz inspiração, as ilustrações de Nídia Nair. De formato 22x22 cm, o livro tem 20 páginas e é uma produção da Textiverso, de Leiria. Foi apresentado no dia 15 de Junho, nas instalações da Fundação Caixa Agrícola de Leiria, ao Terreiro, pela Dra. Maria Celeste Sousa Alves, e, para a ilustração musical e cénica da sessão, contou com a colaboração de diversos amigos, designadamente Tiago Antunes, Nuno Brito, Marco Tenório, Edgar Cid e Vânia Silva. Na mesa estiveram, para além do autor, da ilustradora e da apresentadora, o representante da Textiverso, Carlos Fernandes, e o representante da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes. Este livro é, em suma, a história de Tristão, um menino aventureiro que vivia na terra da alegria. Junto da sua casa havia uma árvore grande onde se empoleirava e onde aprendeu a conhecer a terra e as forças vivas da natureza.

 

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Paulo José Costa já publicara, em parceria, um livro da sua especialidade, “Juntos no desafio”, e, a solo, um volume de poesia “Sopro da voz”. “O menino que acordava as estrelas” é uma incursão pela literatura para crianças que nasceu de um pedido do filho, Afonso. Ou, como disse a apresentadora, um livro que se «deve a um momento de intimidade e ternura em que o pai acedeu à solicitação do filho quando este pedia o aconchego de uma “história ao ouvido” antes de adormecer». Considerando ser uma obra de forte pendor didáctico, acrescentaria: «No que se refere às crianças, é muitas vezes na efabulação da vida que julgamos existir nos outros, que tocamos a verdade da nossa vida. E na estória do Tristão há uma tónica acentuada na importância da atenção, atitude que nos coloca numa posição de abertura, de rejeição de ideias estagnadas, muitas vezes falsas. Estou convicta de que a insipidez e frustração de muitas vidas estão radicadas no facto de não termos aprendido a abrir o coração à alegria do saber. / Mas penso também que este carácter didático se pode estender aos adultos. Para eles, o livro é uma chamada de atenção para a importância dos alicerces silenciosos, os que ficarão para sempre a servir de sustentáculo ao que nós somos.» (Ver texto completo em “Apresentações”)

O próprio autor diria, sobre o “seu” menino, que se trata «de uma criança que vive na busca franca da Felicidade, rumando aos contornos singulares da Claridade no centro do seu Mundo interior». Para concluir que, «na verdade, nesta História, Tristão revela-nos uma cadência de sonhos que se enlaçam nos ensejos da redenção, atenuando a neblina do temor causada pela súbita pulsação das noites em que adormecemos». (Ver igualmente texto completo em “Apresentações”) 

Os amigos Tiago Antunes, Nuno Brito, Marco Tenório e Edgar Cid tocaram e cantaram com o autor, enquanto a actriz Vânia Silva desenvolveu uma sequência de quadros alusivos à história do livro que deixou crianças e adultos presos aos seus gestos.