Apresentado pela primeira vez na Marinha Grande, em 26 de Março de 2017, por ocasião das celebrações do centenário da restauração do concelho da Marinha Grande, foi agora a vez de ser apresentado em Leiria, no dia 28 de Outubro de 2017, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, o livro “Elucidário do Pinhal do Rei”, da autoria de Gabriel Roldão. Como já havíamos referido por ocasião da apresentação em Março, este livro tem 768 páginas e é uma edição do autor, com produção da Textiverso.

 

A apresentação do livro nesta data não tem nada a ver com a catástrofe que se abateu no Pinhal no dia 15 de Outubro, mas acabou por constituir uma sessão simbólica em que, naturalmente, a questão da destruição do Pinhal, em mais de 80% da sua área, esteve sempre latente.

A acompanhar o autor, para além do moderador Dr. Víctor Santos, da Biblioteca, estiveram o fotógrafo Gonçalo Lemos, o editor e apresentador, Eng. Carlos Fernandes, e o Professor e botânico de renome Jorge Paiva (autor, em 2002, de “A Relevância do Património Natural”, uma edição da Câmara de Leiria em colaboração com a Quercus). E na plateia estiveram, entre outras personalidades, os Vereadores da Educação, Dra. Anabela Graça, e da Cultura, Dr. Gonçalo Lopes (vice-presidente da Câmara de Leiria), e ainda a Presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, D. Cidália Ferreira.

Para além das intervenções dos diversos presentes, lamentando o desaparecimento do Pinhal num incêndio sem precedentes, o apresentador disse não pretender fazer da «sessão uma cerimónia de exéquias, sobretudo porque o livro em apreço não é, nem nunca pretendeu ser, um memorial fúnebre ou uma lápide saudosista.» E acrescentou:«Em face da catástrofe que destruiu o Pinhal e abriu uma ferida perigosa no sistema ecológico da região, esta apresentação assume-se, sim, como exercício de exaltação do poder regenerador da Natureza, matéria em que todos podemos colaborar, não só sendo mais assertivos na exigência – votando, participando, intervindo –, mas também estando mais atentos e sendo mais interessados. Se pagamos impostos e colaboramos como cidadãos preocupados, temos o direito de exigir aos poderes públicos o cumprimento das regras estabelecidas e a defesa do nosso património natural ou construído.» E deu depois circunstanciados pormenores sobre o conteúdo do livro, concluindo: «Gabriel Roldão deixa-nos, com este extenso e valioso trabalho, um instrumento de importância capital para a compreensão do Pinhal de Leiria e de toda a dinâmica que ele suscitou ao longo dos anos e que, ainda hoje, apesar dos dramáticos reveses, há-de constituir uma mais-valia para toda a região Centro do País.»